segunda-feira, 29 de agosto de 2011


A HISTÓRIA DA RURAL WILLYS


De acordo com a Wikipédia, a Rural Willys  é um veículo utilitário produzido no Brasil pela Willys Overland, nas décadas de 1950 a 1970. “Na década de 1970, passou a ser produzida pela Ford do Brasil, que comprou a fábrica da Willys em 1967, mantendo inalterados o nome Rural e praticamente todas as características do veículo”.
A Rural foi lançada nos Estados Unidos em 1946, com o nome de Jeep Station Wagon, tendo sido o primeiro veículo do tipo com a carroceria toda em metal, em contrapartida às carrocerias de madeira, então comuns. Com pequenas diferenças, foi produzido também em outros países como o Japão, onde foi fabricado pela Mitsubishi, com o nome J37 e a Argentina, onde foi fabricado pela Kaiser e é conhecido como Estanciera. O modelo brasileiro foi redesenhado em 1958 utilizando como inspiração a arquitetura moderna de Brasília, em construção na época. Este desenho acompanhou a Rural até o encerramento de sua produção em 1977.
No Brasil foram produzidas versões com tração 4X4 e 4X2, com motores a gasolina de seis cilindros em linha e cilindrada de 2.6 ou 3.0 litros (opcional). O motor de 2.6 litros, ou 161 polegadas cúbicas, foi o primeiro motor a gasolina fabricado no Brasil e também equipava outros veículos da fábrica Willys, como o Jeep e o Aero. O motor 3.0, utilizando o mesmo bloco, equipava o Itamaraty. A partir do segundo semestre de 1975, até o final da produção, em 1977, a Rural foi fabricada com motor Ford, denominado OHC, de quatro cilindros e 2.3 litros de cilindrada. Em todas as versões, tinha potência aproximada de 90 hp (cavalos-vapor), adequada à época e características do veículo.
A Rural Willys pode ser considerada o "pai" dos atuais utilitários esportivos existentes, pois era um veículo com espaço para a família, mas robusto e com vocações off-road.
Em 1961 entrou em linha a versão picape da Rural, chamada de Pick up Willys ou Pick up Jeep e, posteriormente, F-75. A versão militar, amplamente utilizada pelas Forças Armadas do Brasil, denominava-se F-85. Na Argentina, este modelo foi conhecido como Baqueano. Tal como o Jeep, a F-75 manteve-se em produção pela Ford do Brasil até 1981.

domingo, 28 de agosto de 2011

RURAIS À VENDA (Ford/Rural Willys - parcelamento - vídeo de "mlvideos1778")

Situado na cidade de PALOTINA - PR, o CASTELO DO WILLYS (http://www.castelodowillys.com.br/) oferece uma grande quantidade de veículos da linhagem WILLYS OVERLAND DO BRASIL (JEEP/RURAL/F-75), 
são mais de 100 carros à sua disposição. 
Conta, ainda, com uma estrutura completa com serviços de restaurações e adaptações para veículos OFF-ROAD e um grande estoque de peças originais.



HOMENAGEM AO FORD RURAL (maravilha de vídeo de "thegramofone")


PARA SEMPRE RURAL WILLYS (vídeo de "thegramofone" - filmagens raras de fabricação e testes da Rural Willys e Pick-up Jeep)


RURAIS WILLYS ABANDONADAS (excelente vídeo de "thegramofone")


UM BOM EXEMPLO DE RESTAURAÇÃO DE RURAL (vídeo de Tilly Mazur - Restauração rural)


A HISTÓRIA DA RURAL WILLYS (vídeo de "tulliomf"- matéria do Auto Mais TV)


PROJETO FORD RURAL WILLYS OVERLAND

(PACIÊNCIA, BLOG É ASSIM MESMO:
ESTÁ SEMPRE "EM CONSTRUÇÃO"...)


A Rural Willys é um marco bom em minha vida. São lembranças que emergem do passado e insistem em me acompanhar até os dias atuais. Foram momentos lindos, vividos em família e gozando de toda a plenitude do convívio em comunidade, da minha família juntamente com outras famílias, cada uma colaborando para o sucesso da relação, sem malandragem, sem desconfianças, sem segundas intenções. O único compromisso era ser feliz, num processo de inclusão total, onde o vizinho era permanentemente convidado a fazer parte do nosso mundo. As casas não tinham grades, os muros; quando existiam, eram baixos. As cercas de madeira sempre tinham uma abertura ou portão para a casa do vizinho ao lado, a fim de facilitar o contato e patrocinar a convivência dos filhos e a sobrevivência num meio não muito adequado.

O PROJETO FORD RURAL WILLYS OVERLAND não deve ser entendido apenas como “a restauração de mais um carro velho”. É um resgate do passado, numa tentativa de recontar a história de uma família pobre, moradora da periferia de Salvador, num bairro formado por aterro sanitário metropolitano. Meu pai era motorista do carro do lixo da Prefeitura Municipal, minha mãe doméstica. A família fazia candeeiros, uma espécie de lamparina de lata, vendia na Feira de São Joaquim e se mantinha. Pai, mãe e mais 8 filhos: Vera, Verinalva, Wellington, Maria Cláudia, Wallace, Sy, Tadeu e Nai. As pessoas chamavam o que a gente fazia, de fifó (“pequeno lampião de querosene; o mesmo que periquito e bibiano” - www.dicio.com.br). Em plena década de 1970, ainda era a solução de luz para a população carente, pois nem todo bairro possuía energia elétrica. Para nós, representava dinheiro para comprar as coisas de que precisávamos para viver. Fabricávamos cerca de 15 dúzias por semana e vendíamos na Feira de São Joaquim. Era o suficiente para abastecer a despensa com comida para todos. Também, era só o básico: feijão, arroz, farinha, açúcar, café; nada de supérfluo ou de luxo. Éramos conhecidos no bairro do Uruguai como “os meninos do candeeiro”. Nossa vida era só trabalho, sobrando pouco tempo para diversão e lazer, pois tínhamos que manter a família viva e produtiva. Estudávamos em escola pública, tínhamos poucos recursos, mas éramos felizes.

Meu pai, Seu Claudemiro Barbosa, conhecido como “Zinho Chofer”, pois construiu sua vida como motorista profissional, era desses homens brutos, pouco estudo, criado num mundo de ignorância, na roça, na zona rural de Rui Barbosa (BA), mas de grande coração.  Excelente pai de família, nada faltava em sua casa. Era chegado numa cervejinha, o que facilitava conhecer muita gente boa. Alguns amigos eram mais abastados, sem que isso fosse motivo para segregação. Naquela época, quem tinha um carrinho, era rico. Carro nunca deixou de ser o sonho de consumo dos homens. Nessas idas e vindas, conhecemos o Sr Cícero. Ciço, como dizia o meu pai. Seu Ciço tinha uma Rural verde e branca, daquelas do tipo pintura "saia e blusa". Detalhes de ano, tração e motor não eram atributos que chamassem a atenção de um menino, desavisado como eu, comprometido apenas com a diversão. Por isso, não saberia dizer o ano da Rural, se era 4x2 ou 4x4... Só sabia que era uma Rural verde e que nos levava para passear. Essa é que era a parte mais importante da história: os passeios de Rural! Adorávamos! Normalmente, os passeios tinham como destino as praias do litoral norte de Salvador, a exemplo de Arembepe, Itacimirim, Buraquinho, Jauá, Jacuípe e Guarajuba. Um detalhe: apesar de se falar “litoral norte de Salvador”, essas praias acabam pertencendo aos municípios de Lauro de Freitas, Mata de São João e Camaçari. Mas isso não tem nenhuma importância, registra-se, apenas, para ser fiel à informação. Naquela época o litoral norte era uma imensa faixa de coqueiral, praticamente virgem. Uma ou outra barraca de côco daqui e dali. O nosso piquenique, na verdade, era um grande farofão. Levava-se de tudo; pão, banana, laranja, bolachas, a feijoada e a farofa de galinha, que não podia faltar. Armava-se um fogareiro com um tripé de pedra e tudo pronto. Para não esfriar, a panela do feijão ia envolta numa toalha de mesa amarrada pelas pontas. Aí se estendia no chão uma esteira de palha ou a própria toalha de mesa, enquanto os homens improvisavam uma cabana com palha de coqueiro e providenciavam a lenha para o fogo. Nesse momento, a garotada já estava pelo segundo torneio do baba de golzinho. Maravilha! Aquilo é que era vida! Ninguém se preocupava tanto com os IGPM, INCC, IPCA e outros índices. Pouco se falava de inflação; o que se ganhava, dava pra comer, vestir e até para farrear, de vez em quando. Era uma festa! Já que o mundo era extremamente grande e ainda não conhecíamos a globalização, procurávamos nos reduzir ao nosso mundinho simples, humilde, carente, porém, feliz. 

A Rural do Seu Cícero nunca saiu da minha cabeça. Cresci lembrando daquele tempo modesto, onde as crianças queriam apenas brincar com um carrinho de lata, tomar um banho de mangueira ou ir à praia com o vizinho. Minha paixão por carros antigos, antes escondida, vem crescendo de uma forma arrebatadora. Sempre nutri admiração pelo Fusca, pelo Gordini, DKW, Aero Willys, Corcel I, Belina I, SP2, Opala, Chevette... E por aí vai. Cheguei a ter alguns exemplares do Fusca, do Chevette e do Opala, mas a Rural Willys sempre fazia bater mais forte o coração, mas nunca pude adquirir uma Rural... A plenitude do sonho daquele menino pobre estava faltando um pedaço.

Em julho de 2011, passando pelo bairro do Uruguai (aquele bairro da infância), sem querer, dei de cara com o Seu Cícero. Ele estava vivo! Exibia os reflexos da ação do tempo, mas, estava vivo e ali, diante de mim, num barzinho, junto com o seu filho Tavares. Quem os reconheceu foi Nai, minha irmã caçula. Por mim, passava batido. Não lembraria das feições do Seu Ciço de jeito nenhum. Fui lá e me apresentei: Seu Cícero, eu sou Wellington, filho de Claudemiro. Ele me respondeu: Claudemiro era meu grande amigo. Morreu, mas ainda lembro dele, com uma frase que ele usava bastante: “quem não vive para servir, não serve para viver”. Claudemiro vivia uma vida de doação, ajudando, sempre o seu próximo. Grande homem! Concluiu. Não pude deixar de me enfeitiçar com os elogios ao meu pai. Que beleza! Lembramos do passado, falamos da Rural... Veio tudo a tona, como um turbilhão de lembranças na minha cabeça. Foi aí que decidi dar forma ao meu sonho: TER UMA RURAL VERDE E BRANCO, IGUALZINHA COM AQUELA DO SEU CÍCERO. Não sei explicar bem isso aí, essa vontade exagerada de reviver a infância,mas acho que vai me dar uma renovada do caramba... Deixarei para os Psicólogos esclarecer.

Em tempo, Ford Rural Willys Overland foi uma maneira que encontrei juntando tudo para homenagear tanto o carro Rural, como também os seus fabricantes, desde a pioneira Willys Overland Company (EUA), passando pela Willys Overland do Brasil até a Ford que assumiu o projeto Rural no Brasil. Mesmo porque, pelo que se viu na bibliografia pesquisada, a Rural ficou popularmente conhecida por "Rural Willys", "Rural Willys Overland", "Jeep Rural", "Ford Rural Willys" e finalmente "Ford Rural" ou simplesmente "Rural". 


Pronto! Assim nasceu o PROJETO FORD RURAL WILLYS OVERLAND, como uma oportunidade de realizar um antigo sonho e rememorar velhos tempos, em que a gente era feliz e sabia. Todos estão convidados a embarcar nessa nave comigo. Comecemos pelo projeto propriamente dito. Entrem!


PROJETO FORD RURAL WILLYS OVERLAND


1. PREMISSAS
  • Procedência do veículo
  • Regularidade da documentação
  • Envolvimento de profissionais especializados
  • Uso de ferramentas de gestão de projetos
  • Transparência e divulgação de todo o processo
  • Respeito aos créditos e fontes de informações
  • Estabelecimento de parcerias estratégicas
  • Rede de relacionamento (network)

2. OBJETIVO
Aquisição e restauração de um veículo Rural Willys

3. JUSTIFICATIVA
Resgatar a lembrança de um tempo inocente, bonito e cheio de vida, através da preservação de um ícone da história do automobilismo brasileiro: A Rural Willys

4. PLANO DE AÇÃO


O QUE FAZER
1.   Conhecer a RURAL WILLYS em toda a sua plenitude, sua história, sua trajetória e evolução, os fabricantes, detalhes técnicos e informações diversas que possam contextualizar o veículo por sua passagem pelo Brasil
COMO FAZER
·         Pesquisar na Internet, sites relacionados
·         Salvar como favoritos para consulta rápida
·         Criar pasta de trabalho específica para guarda de material relacionado
·         Buscar literatura sobre a Rural Willys
·         Manter todo o material organizado
·         Contar a sua história, produzindo material “semi acadêmico”, para publicação
OBSERVAÇÕES
Sites já catalogados:
·         http://ruralwillys.tripod.com/  (principal)
·         http://www.willysbr.cjb.net/

O QUE FAZER
2.   Conhecer o processo de restauração de veículos
COMO FAZER
·         Pesquisar na Internet, sites relacionados
·         Salvar como favoritos para consulta rápida
·         Guardar todo o material relacionado em pasta específica
·         Buscar literatura sobre restauração de veículos
·         Manter todo o material organizado
·         Fazer contato com pessoas conhecedoras do assunto
·         Participar de blogs, chat e clubes relacionados
OBSERVAÇÕES


O QUE FAZER
3.  Definir parcerias estratégicas para o Projeto
COMO FAZER
·         Fazer levantamento para identificar a existência de oficinas mecânicas e profissionais de funilaria, pintura, eletricistas e capotaria em Ilhéus
·        Visitar tais profissionais, para conhecer os locais, formas de trabalho e outras informações necessárias
·         Estabelecer parcerias, predefinindo critérios, preços, formas de acompanhamento, prazos e detalhes da restauração
OBSERVAÇÕES


O QUE FAZER
4.  Alocar os recursos financeiros necessários
COMO FAZER
·         De posse das informações necessárias, alocar os recursos devidos
·         Abrir conta bancária específica, mantendo extremo controle dos gastos
·         Elaborar planilha financeira, para acompanhamento
OBSERVAÇÕES


O QUE FAZER
5.  Pesquisar a disponibilidade e adquirir veículo que apresente melhor viabilidade para restauração
 COMO FAZER
·         Verificar anúncios em jornais e na Web
·   Identificar e visitar as cidades com concentração de Rurais, a exemplo de Barra, Buritirama e Região Sul da Bahia
·         Verificar a existência de veículos em cidades de estados vizinhos (Sergipe, Minas Gerais, Tocantins e Goiás)
·         Consultar a documentação do veículo, conferindo a sua regularidade junto ao Detran
OBSERVAÇÕES


O QUE FAZER
6.  Efetivar a restauração
COMO FAZER
·         Fazer o levantamento da situação geral do veículo
·         Decidir se o projeto contemplará alterações, adaptações ou se seguirá o modelo original
·         Identificar as prioridades, se mecânica, chaparia ou elétrica...
·         Estabelecer cronograma de realização
·         “atacar” os processos com maiores dificuldades
·   Segregar o chassi, para tratamento específico de suspensão, tração, motor, freios e diferencial
·  Dar uma geral na carroceria, corrigindo os pontos de ferrugem, os amassados e substituindo o que for necessário
·      A parte de capotaria deverá obedecer ao padrão, devendo ser consultado os manuais do veículo, as informações na Internet e outros veículos referenciais
·       recomenda-se uma revisão da parte elétrica, com substituição total do chicote, se for o caso
·         Peças defeituosas deverão ser adquiridas em lojas específicas
OBSERVAÇÕES


O QUE FAZER
7.  Divulgar os resultados, procedendo a eventuais correções
COMO FAZER
·         Buscar assessoria para criação de blog
·         Organizar fotos em álbum digital
·         Divulgar passo a passo e cada etapa do processo
·         Inscrever-se em Redes Sociais (Orkut, Facebook...)
·         Participar de clubes e chats
OBSERVAÇÕES